quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O poder da rotina

Já foram 15 dias do ano novo, da década nova, da vida nova que sempre esteve lá, paciente a nos esperar. Não é mais o tempo de escrever sobre isso nos blogs, mas sou diferente. Nesses dias, em que todos já fizeram suas promessas, já estabeleceram suas metas eu paro e penso. Penso comigo, com os outros. Por mim, pelos outros. E concluo.
Concluo que essas resoluções pra mim de nada adiantam, porque no fundo, eu continuo a mesma, com férias chatas, vida entediante e um blog às traças.
Resolvi mudar. Não mudar por coisas grandes, nem pelos meus maiores problemas, mas mudar porque a mudança sempre é válida.
O blog é de mentira, mas a vida também é um pouco. Então, o que custa tentar fazer disso uma rotina, mas uma rotina agradável. A agradável rotina capaz de atenuar mentiras, ou algo que o valha. Acredito que esse blog não tenha tanto poder, mas se não ele, a escrita talvez tenha, ou as palavras, algo transcendental, sei lá. Talvez, apenas a rotina, nela mesma, que nos mostre que somos assim, igual a todo mundo e sempre caímos no óbvio- conformados, felizes.
Confesso que um dos motivos que me faz escrever pouco é minha arrogância,que me faz ter medo de descobrir-confirmar- que não sou tão boa assim na escrita. Mas sabe o que é que é? Eu não tô nem aí, nem aqui. Simplesmente, não tô.Sim, eu sei que os meus parâmetros hoje são altos e que eu certamente sou mais uma. Mas a gente acostuma, a vida ensina, a rotina ensina.
Ainda assim insisto, persisto em tentar algo sem expectativas nenhuma.
Acho que ainda acredito em mim, nas palavras e até mesmo na força da crença.
Ou então, acredito que posso me acostumar com isso.

3 comentários:

Guilherme disse...

Juli, os seus textos tem franqueza, uma rejeição a hipocrisia (mesmo em relação a si mesma ) realmente rara. Você quer se ver como você realmente é, e é isso que é legal em você.

Continua escrevendo.

Maria Joana disse...

vai ser legal acompanhar suas rotinas-escritas, Juli, já que encontrar/acompanhar você é meio raro.

Beijo

Alice Agnelli disse...

Cara, mudar é uma das melhores coisas da vida. Falando sério. Imagine se fôssemos sempre a mesma coisa? Nascêssemos, vivêssemos e morrêssemos todos iguais? O que é uma vida sem mudança? Uma não-vida, só pode. Isso me deu uma ideia.

Bom, se vc se acha arrogante por não escrever, eu sou arrogante por escrever: e, pior, querer que outros leiam!

Juli, continue escrevendo. Obrigada.