sexta-feira, 12 de março de 2010

adolescência

Sabe aquela sua fase adolescente,mas bem adolescente mesmo? A minha foi aos 16 anos.Todas as crises,dramas, angustias e sei lá mais o que que adolescente tem, eu vivi nessa época.
Talvez tenha sido demais, de menos.Mas, de alguma forma, foi.
Tem momentos que é melhor nem pensar. Apenas são.
Achei num blog duma amiga, uns poemas meus dessa época. Resolvi postar.É engraçado se ler depois de um tempo,principalmente pra perceber como eu era emo.


Sóbria Loucura

A anedonimia penetra em minhas vísceras
Consome toda minha dignidade
Destrói os meus pensamentos
E me leva onde(errei, o certo eh aonde)nunca fui
Suspiros e sonhos pairam na consciência
Desvendam um mundo único
Singelo e doce...
Que me transporta a um outro plano
Com um silêncio ensurdecedor
Minha vida se esvai em simples versos
Dominando tudo incontrolável
Como o desejo desse instante
Um infinito de verdades
Se misturam com boas mentiras
E o mais perfeito de tudo
Está mais platônico que nunca
Com visões obscuras
Enxergo apenas no escuro
A sobriedade está na loucura
Loucura de achar que é sobrio
Pensar tão loucamente
Loucura que transfigura a realidade
A bela realidade de sonhar
E concretamente me perco
Na abstração dos meus desejos


Juliana Barreto Tavares

terça-feira, 2 de março de 2010

Emplasto Brás Cubas

Preciso, desesperadamente, instantaneamente, demasiadamente de uma solução. Uma solução não, que aí é pedir demais. Mas um remédio. Um remédio basta. Algo que acabe com a dor, com a tristeza, com o medo e com tudo aquilo que me faz mal.
Quero agora. Quero urgente. Quero.
Preciso de emplastos bras cubas, doses de felicidade ou até mesmo de ilusão.
Preciso de amor ou talvez esquecer um pouco do que tenho. Amor de mais também faz mal, é contraindicado, machuca. Quero algo pra diminuir esse amor, que me torne mais amada, mais amável. Ainda assim, quero sobretudo amar. Porque só o amor é capaz de curar esse amor.
Mentiras sinceras, por favor, cheguem até mim. Ilusões sensatas e sua insensatez, também.
Eu quero que acabe agora, mas que nunca acabe também.
Escrevo porque sinto e também pra fugir dos meus sentimentos.
Preciso parar, preciso calar.
Cale-se o mundo, porque eu também me calo.

P.S.: ainda aceito doses do emplasto